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Alexandre Costa

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Hora da pacificação

22/09/2025 às 19h39

Foto da Fachada do Congresso Nacional, em Brasília. Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil

Por Alexandre Costa – Imagine um país onde o Congresso Nacional transformou-se numa enojada casta que não se respeita, um tribunal constitucional hipertrofiado e um executivo fraco sem liderança e relapso com as contas públicas, tudo isso imerso num grande e efervescente caldeirão alimentado pelas chamas da cizânia política do seu povo. Este é o Brasil em que vivemos hoje, onde impera a degradação das relações institucionais entre estes três poderes, que desencadeou uma das maiores cismas da nossa sociedade, gerando uma virulenta polaridade ideológica sem precedentes que dividiu o país.

As redes sociais potencializaram a ferrenha guerra ideológica fratricida que dilacerou relações de amizade e de convivência cordial no trabalho, até dentro da própria família, abalando a normalidade democrática que pode gerar o ovo da serpente do extremismo armado, uma séria ameaça ao tecido social brasileiro.

Para alcançar a paz social, o Brasil precisa se livrar de lideranças tóxicas que investem no divisionismo como forma direta para governar e contemplar apenas seu espectro ideológico. Bolsonaro e Lula foram os grandes arquitetos da confrontação ideológica instalada no país, que contribuiu para o esgarçamento das relações institucionais entre os poderes da República, que ameaçam a normalidade democrática.

Transformaram a nossa suprema Corte numa instância política onde seus ministros buscam holofotes da mídia para anteciparem posicionamentos sobre processos que nem ainda estão sendo analisados.   A pacificação do país passa necessariamente pela despolitização da nossa Corte maior, que enveredou num terreno pantanoso sob o pretexto de “recivilizar” o país, ultrapassou limites constitucionais de suas competências, cometendo erros e abusos.

Mas como pacificar o Brasil com um Congresso que não se respeita, aprovando na calada da noite medidas de auto blindagem, acima das leis que demandam punições para práticas criminosas e normas de transparência e zelo no trato do dinheiro público?  Na verdade, o que falta aos nossos parlamentares é decência, compromisso para defender os interesses da sociedade dentro de uma base sólida de confiança onde prevaleça o diálogo na busca da conciliação nacional fundamentada em soluções consensuais.

Estamos no limite, não suportamos mais tamanha radicalização. Temos que entender que a democracia se fortalece no dissenso e não na eliminação do outro. É chegada a hora de ensarilhar as armas, extirparmos o radicalismo com diálogo, construindo pontes e principalmente eliminando a guerra do “nós contra eles” alimentada por políticos incendiários. É hora de pacificar o Brasil!

Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário com MBA em Gestão Estratégica de Negócios, membro efetivo e fundador da Academia Cajazeirense de Artes e Letras-ACAL.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Alexandre Costa

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Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar, diretor da Fecomercio PB, presidente da CDL de Cajazeiras e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).

Contato: [email protected]

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Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar, diretor da Fecomercio PB, presidente da CDL de Cajazeiras e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).

Contato: [email protected]

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