Legado

Por José Antonio
Quando um adeus deixa
tanta saudade é sinal
de que o que foi vivido
será inesquecível
Hoje, dia 17 de abril completam 102 anos do nascimento de minha mãe, Leopoldina de Brito Albuquerque e no dia 24 de maio, 10 anos de sua partida para a eternidade.
Em 12 de dezembro de 2002 ficou viúva de Francisco Arcanjo de Albuquerque, que nasceu no Sítio Coxos de Cima, município de Cajazeiras, em 08 de maio de 1920, mas no seu registro de nascimento consta o ano de 1918 e o fato se explica: aumentou a idade para poder votar, já que desde muito jovem era uma pessoa antenada com a política partidária de Cajazeiras e se explica ainda porque seu pai, José Antonio de Albuquerque, era um fervoroso político e gozava da amizade dos principais líderes da cidade.
Minha mãe, ao se casar em 07 de setembro de 1945, na Capela de Nossa Senhora Aparecida, no Distrito de Engenheiro Avidos, era uma elegante jovem de 22 anos de idade, muito prendada, sabia ler e escrever e tinha uma belíssima caligrafia e foi a responsável pelos estudos dos seus nove filhos e teve o prazer e a imensa alegria, ao lado do marido, de assistir a formatura de todos eles e de ver ainda o crescimento nos estudos dos seus trinta e três netos.
Meus pais davam o maior valor aos estudos dos filhos e deixou um legado muito grande e viu os frutos das vitórias deles, adquiridos através da educação e até os atuais dias, outras conquistas de seus filhos e netos, provêm exclusivamente dos bancos escolares. Eles costumavam dizer, nas nossas rodas de conversa: o maior patrimônio que quero deixar para vocês é a educação, porque vocês vão viver dela e a levarão até morte.
Até a década de 70 foram os filhos que deram imensas alegrias aos meus pais e a partir de então começava a jornada para a formação superior de seus trinta e três netos, hoje vitoriosa, e o encaminhamento dos bisnetos segue célere e brevemente já estaremos começando a colher os frutos, já que a educação é indiscutivelmente o maior patrimônio que um pai ou uma mãe pode deixar como herança.
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