O debate político cansou

Por Josival Pereira – Quem está acompanhando o noticiário político nacional e, especialmente, os debates na Câmara dos Deputados, deve andar baratinado.
Os debates não têm girado sobre coisa que não anistia, PEC da Blindagem e outros temas políticos relativos à disputa pelo poder político.
Não existe espaço para a discussão de projetos de interesse da população ou do país. Não existe brecha para a apresentação e defesa da tribuna de um simples requerimento em favor de algum interesse mais nobre.
Parlamentares bolsonaristas e dos partidos que formam as bancadas de esquerda (PT e PSOL, principalmente) se esgoelam para defender teses e fazer as mesmas acusações que fazem nos últimos anos.
Não conseguem entender que esse debate cansou. A população pode até não demonstrar interesse direto pela política, mas não deixa de demonstrar insatisfação com os políticos. As pesquisas revelam sempre aprovações abaixo da média e desaprovações renitentes.
Qual o problema?
Ausência total de compromisso público. A formação não de partidos políticos, mas de torcidas organizadas de onde saem os parlamentares eleitos em disputas de ataques e acusações que mais parecem brigas de claques.
Pior é não se vislumbra nenhuma perspectiva de mudanças nesse quadro político composto pelos partidos políticos e parlamentares, uma grande base da democracia.
As regras partidárias não tendem a mudar e o financiamento público de campanha associado às emendas ao orçamento (impositivas, pix, secretas, etc) atuam para garantir reeleições e manter o condenável quadro desenhado nas últimas quadras da história.
Há uma eleição se avizinhando. Talvez seja o momento apropriado para que a sociedade civil organizada comece a se intrometer mais ativamente nas coisas da política partidária. Não dá para deixar pra lá. Sem uma participação popular mais ativa a política vai degringolar e será muito pior para todos.
No caso de Cajazeiras, que tem uma sociedade civil ativa, o debate pode começar já. A cidade precisa resgatar sua vaga na Câmara dos Deputados. Faz falta, e talvez a região possa contribuir com um nome que possa elevar o nível dos debates em Brasília.
Deputados estaduais, vereadores, prefeitos e lideranças de uma maneira gera têm muita responsabilidade nisso. Precisam ser cobrados.
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