Palavras

Coluna de Maria do Carmo

Por Maria do Carmo de Santana

Ano de 2021, mês de Janeiro, fatos inesquecíveis na cronologia, a esperança da humanidade concretizada através do trabalho científico vindo para salvar a vida de crianças, jovens idosos (melhor idade); do rico e do pobre do  leigo ao mais intelectual. A redentora da humanidade: ”a vacina”. Neste contexto, palavras do nosso idioma estão sendo mais pronunciadas, seus conceitos mais vivenciados tendo efeito enriquecedor  e  de transformação da vida das pessoas. Os rastros crueis da pandemia despertaram o reconhecimento da gratidão.

Gratidão a tudo de bom e ruim. Gratidão “é a essência da vida. É a certeza de que a vida é generosa. É se prestar de abertura ao fluxo divino de abundância  multiplicando-os a serviço do bem e fazendo com que a semente recebida germine e frutifique”. (Revista Tribuna Espírita-2018). Agradecer a Deus o ano que passou com todas as turbulências, mas de muitas significações e grandes lições. Sofrimentos, um novo normal dificultoso de uma forma jamais esperada, porém  o aprendizado na aceitação,   criatividade e o despertar para o cultivo da humildade. E em meio aos percalços o passo firme e seguro na confiança.

Confiança “é a entrega é a certeza de uma vida sempre generosa, que a bondade  soberana do pai afiança criaturas no caminho do progresso e a toda caminhada em direção no cumprimento dos deveres”.(Revista Tribuna Espírita-2018). Ter confiança é ter a segurança inspiradora no talento de acreditar que algo vai melhorar. E assim aconteceu. Ninguém imaginava que as vacinas chegassem tão rápido em relação outros tempos, no primeiro mês do ano a primeira nação a ser vacinada no mundo tornando assim imune do monstro COVID-19. Todos tinham  esperança.

Esperança “semeada a partir da gratidão e da confiança, é construção de um futuro de realizações abençoado, de entrega e serviço a uma sociedade carente da compreensão da divina bondade e sua guiança perfeita de tudo e de toados”.(Revista Tribuna Espírita -2018). Ter esperança é ter fé no poder de Deus  que certamente agiu na inteligência dos cientistas nas experimentações, nas hipóteses nas fases de testes  da vacina contra o  COVID-19. A onipotência divina no trabalho incansável, dos médicos e enfermeiras nos hospitais na viabilização da salvação de muitas vidas. A onisciência de Deus nos estados emocionais abalados das pessoas aprendendo a fazer o luto daqueles que foram vítimas da pandemia ou de outras doenças. É o imitar da fênix ave mitológica que renascia das cinzas isto significa a confiança do fortalecimento para enfrentar  as etapas difíceis da vida com resiliência.

Resiliência capacidade de liderar os problemas, adaptar-se às mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas sem entrar em surto psicológico, emocional ou físico na tomada de decisões. Manter a imunidade mental é a base para criar resiliência emocional (Wikipédia). No momento de uma pandemia cujas maneiras de defesa  contra a infestação eram  bem estranhas:o isolamento o social radical  algo  imaginável, porém as adaptações  contribuíram para o “reinventar”. Neste cenário acontece a benevolência.

Benevolência qualidade de alguém que manifesta afeto e estima em relação à outra pessoa, demonstra bondade ou boa vontade em relação a outrem é o altruísmo e empatia. As expressões de amizades à distância, dos gestos de solidariedade na ajuda daqueles que não podiam ir ao supermercado, a doação de álcool em gel e máscaras aos mais carentes, a ombridade dos artistas na promoção de shows musicais ao ar livre   promovendo o divertimento a quem assistia pelas janelas, a realização das lives com o objetivo de arrecadar recursos para ajudar as vítimas da pandemia, como também as doações por parte das grandes empresas  e instituições aos hospitais e casas de acolhimento numa atitude de sentir  e amenizar  o sofrimento do outro com Respeito.

Respeito é dar atenção, considerar, aceitar decisões orientações sem contrariá-las, agir de modo que não fira nem prejudique as regras (Dicionário Aurélio).O isolamento social,o afastamento social, o uso de máscaras e a higienização das mãos são  orientações da OMS que até hoje continuam como formas de proteção contra o vírus.   Uma boa parte da população respeita e segue  estes conselhos, entretanto há milhares agindo contrariamente desrespeitando a própria vida e colocando a vida do outro em risco:pais, filhos,irmãos, avós, tios e amigos, palavras de Jesus “Aquele que com o ferro fere com o mesmo ferro será ferido”.Cuidado!Tanta gente já morreu porque  foram vítimas daqueles que continuam na teimosia.Falta de orientação não é!A vacina chegou, mas a imunização não acontece num passo de mágica; é bom lembrar que ainda estamos na pandemia enquanto isso, é necessário a conscientização.

Conscientização é a consciência crítica, é o ato de compreender profundamente o mundo, a percepção das contradições sociais e políticas inclui a ação contra as opressões sociais – conceito desenvolvido pelo pedagogo pernambucano Paulo Freire. Quem é conscientizado tem a preocupação com a situação cruel provocada pela pandemia. São mais de 220.237 mortes vítima de COVID-19 exceto os casos não registrados, o desrespeito aos familiares das mesmas, a falta de oxigênio nos hospitais de Manaus e o problema na diplomacia  para o envio das vacinas da Índia para o Brasil.E ainda o reflexo da grande guinada na conscientização política de uma parte da população brasileira. Em meio a este cenário caótico acontece o descobrimento.

Descobrimento da vacina contra o coronavírus, a luz da vida através da ciência: a grande conquista científica do século XXI. Nos dados estatísticos atuais são mais de 1.248.821 pessoas vacinadas no Brasil. Neste contexto os esforços do Instituto Butantan  e  da FIOCRUZ (Fundação Instituto Osvaldo Cruz) a qual já se posicionou na fabricação da vacina Oxford/Astraseneca para a doação ao SUS. Vender vacina é um passo para reforçar a discriminação num país de tanta desigualdade como é o Brasil. O ano de 2021 pode ser encarado com mais  otimismo.

Otimismo: futuro promissor com novos sonhos e edificações na vida com o apoio nos pilares do AMOR, DA PRÀTICA DO BEM  reforçado pela FÉ EM DEUS.Professora

Cajazeiras, 30 de Janeiro de 2021

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Maria do Carmo

Professora da Rede Estadual de Ensino em Cajazeiras. Licenciatura em Letras pela UFCG CAMPUS Cajazeiras e pós-graduação em psicopedagogia pela FIP.

Contato: [email protected]