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VÍDEO: Professora e militante fala sobre desafios enfrentados por pessoas com albinismo na sociedade atual

Dia 13 de junho foi o dedicado mundialmente para a Conscientização do Albinismo; a militante reforça a importância do apoio familiar

Por Priscila Tavares

18/06/2023 às 10h37 • atualizado em 18/06/2023 às 10h39

No dia 13 de junho é comemorado o Dia Mundial da conscientização do albinismo e a professora e militante Solange Sousa esteve ao vivo no programa Diário News, da TV Diário do Sertão, falando sobre as dificuldades enfrentadas por uma pessoa albina.

O albinismo é um distúrbio genético que se caracteriza pela ausência total ou parcial da melanina. A professora explicou quais os tipos mais comuns.

“O albinismo é uma falta de pigmentação da pele, no corpo, nos olhos e existe dois tipos mais comuns de albinismo. O oculocutâneo, a falta de melanina completa e também tem só o ocular, que é a falta de melanina apenas nos olhos”, disse.

Ela contou que cerca de 95% da população albina são oculocutâneo. Solange explicou que seus pais não possuem o distúrbio, mas que são portadores dos genes da mutação. Na família, apenas ela e uma das suas irmãs são albinas.

A militante pontua que a maior incidência do albinismo são em pessoas negras.

“Se formos olhar, a população negra é quem tem mais probabilidade de ter pessoas albinas, filhos albinos. Inclusive, no mundo, o país que mais tem albinos é na África. Aqui no brasil é na Bahia, onde a probabilidade de pessoas negras predomina”.

Em ralação ao preconceito, ela afirma que não diminui, mas que com o tempo foi aprendendo a lidar com as situações.

“O que aumenta é a nossa autoestima. Com o passar do tempo a gente vai deixando essas coisas passarem, agora na infância/adolescência para a pessoa albina é muito cruel. Porque ele é o único da escola, é o único da turma de amigos, ele é o único da família, então para ele aceitar é mais difícil”, pontuou.

Além do sofrimento na infância, a professora destaca que o mercado de trabalho também é muito ‘cruel’. Solange falou que existe um Coletivo Nacional que lutam pelos direitos de pessoas albinas, principalmente em relação as necessidade de saúde como protetor solar, óculos, acesso a oftalmologistas e dermatologista.

“Protetor solar não é um cosmético para gente, é uma necessidade. É um remédio, digamos assim, de uso contínuo e diário. Já existe o Coletivo Nacional para conseguirmos colocar isso em Lei”, informou Solange.

Para os pais de crianças albinas, a professora ressalta a importância do apoio familiar, principalmente relacionado ao sistema de educação.

“Tem que ter apoio, eles tem que ir na escola levar o laudo que a criança tem problema de visão. Tem que levar para equipe pedagógica, que eles precisam de cuidados especiais, por exemplo, letra ampliada no quadro, fonte ampliada nas apostilas, nos módulos em tudo que ele receber que seja ampliado. Tendo esses cuidados a criança vai ter uma vida educacional igual a toda criança”.

Solange destacou ainda que, tomando os cuidados necessário, é possível viver uma vida normal.

DIÁRIO DO SERTÃO

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