header top bar

section content

VÍDEO: Psicóloga Rosangela Macedo aponta meios para que as mulheres se libertem de relacionamentos abusivos

A psicóloga aponta a esperança como o maior problema dentro das relações, pois, segundo ela, a mulher se coloca em uma zona de conforto, esperando a mudança do outro

Por Priscila Tavares

18/06/2023 às 10h18 • atualizado em 18/06/2023 às 17h54

Mulheres que vivem em um relacionamento abusivo, na maioria das vezes, não conseguem identificar, e quando conseguem, não sabem como sair. A psicóloga Rosangela Macedo explicou alguns meios que vítimas desses relacionamentos podem seguir para se libertar de uma relação abusiva.

“É sempre muito desafiador, porque, a princípio todo mundo nega. É difícil a gente reconhecer que aquela pessoa que a gente ama, que se traveste de príncipe encantado, que é o amor da nossa vida, é difícil acreditar que ele é um pessoa que abusa de você”, disse Rosangela.

Apesar de ser difícil, a psicóloga afirma que não é impossível e elencou alguns pontos que devem acontecer para que a mulher se liberte dessa relação.

“A primeira coisa para se libertar de um relacionamento abusivo é você reconhecer que está em um relacionamento abusivo. Se você não reconhece, se não identifica, não tem como você sair”.

O segundo passo, segundo Rosangela, é “a tomada de decisão”. Ela explica que a mulher precisa querer sair do relacionamento e ir em busca de apoio.

“Depois que tomou a decisão, avisar para amigos, família, porque ela precisa se sentir apoiada, acolhida e principalmente protegida. Outra coisa importante é a terapia, porque é muito difícil sair disso sozinho, só com o apoio da família. Você vai precisar, na maioria das vezes, de uma ajuda mais específica, mais eficaz, porque não é simples sair de um relacionamento abusivo”, pontuou.

Rosangela contou que existem casos em que é preciso a ajuda de terceiros, pois a vítima vive sob ameaças e tem medo até de falar com o abusador.

“Tem casos que a pessoa não pode nem conversar, ela tem que primeiro ser retirada, ser protegida para depois ter uma intervenção com uma terceira pessoa para ajudar a conversar. Normalmente elas são muito ameaçadas. São situações que a mulher vai ficando com medo, além da questão financeira, porquê às vezes essa mulher, na maioria das vezes, ela se tornou tão dependente não só emocional, mas também financeiramente”

A psicóloga aponta a esperança como o maior problema dentro das relações, pois, segundo ela, a mulher se coloca em uma zona de conforto, esperando a mudança do outro.

“Elas acreditam que ele vai mudar, que ele vai fazer diferente. É muito importante observar se o que ele fala, ele faz, porque normalmente não é assim. Observar como ele trata as outras mulheres também, principalmente da família, como a mãe, as irmãs, amigas”, destacou.

Rosangela reforça a importância de procurar ajuda terapêutica antes de entrar em qualquer outro relacionamento, para que possa ressignificar tudo que foi destruído na relação abusiva que viveu.

Em caso de violência contra mulher denuncie pelo 180.

Além do número de telefone 180, é possível realizar denúncias de violência contra a mulher na página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), responsável pelo serviço. No site está disponível o atendimento por chat e com acessibilidade para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

DIÁRIO DO SERTÃO

Recomendado pelo Google: