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No quarto episódio do “Arquivo Diário”, Madre Aurélia detalha milagre e perdão após atentado em Sousa

A religiosa afirmou que o episódio serviu para "manifestar a bondade de Deus", citando a providência divina que salvou sua vida e o subsequente ato de perdão incondicional ao seu agressor, João Neto

Por Redação Diário

16/11/2025 às 00h58

O quarto episódio do Arquivo Diário da TV Diário do Sertão resgatou o emocionante depoimento de Madre Aurélia, freira e educadora da cidade de Sousa, sobre o atentado que sofreu em 1991. A religiosa afirmou durante o programa Interview com Paloma Santos, em fevereiro de 2014, que o episódio serviu para “manifestar a bondade de Deus”, citando a providência divina que salvou sua vida e o subsequente ato de perdão incondicional ao seu agressor, João Neto.

Madre Aurélia narrou o momento tenso em que ela e outra religiosa, a Irmã Iraídes, foram abordadas, por homens sob o efeito de drogas. Ao confrontar um deles para evitar que a Irmã Iraídes fosse ferida gravemente, ela se tornou o alvo.

“Ele chegou bem pertinho de mim e atirou em meu coração,” relatou Madre Aurélia.

No entanto, o que a religiosa descreveu como um milagre foi a forma como o disparo se desviou.

“Pois não é que a danada da bala virou e veio cortar o pulmão? Aí era ainda explicável, os médicos não souberam explicar esse fato,” contou a freira, enfatizando que, se a bala tivesse atingido o coração, ela não teria resistido.

Madre Aurélia foi a entrevistada da TV Diário do Sertão no Interview de Sousa

A recuperação de Madre Aurélia foi igualmente marcada pela providência. Ela revelou que foi socorrida e tratada por Doutor Titiu, um médico que estava em Sousa naquele exato momento visitando a esposa, e que havia acabado de fazer um curso de especialização em pulmão na Espanha. “O médico disse assim: ‘Irmã, você já veio salva de Sousa’,” referindo-se ao fato de o médico ter sido essencial para o tratamento.

O perdão incondicional – Questionada sobre o perdão, a freira foi categórica, declarando que não teve “nada contra ele” e que, na verdade, sentiu “pena” do agressor, João Neto.

“Eu não tenho mágoa, eu tenho pena de pessoas que não têm a oportunidade que vocês certamente tiveram,” declarou Madre Aurélia, que chegou a sair escondida para tentar falar com o agressor no presídio, apenas para perguntar por que ele havia cometido o ato. O sinal de que não deveria prosseguir com a visita foi quando os soldados a orientaram a retornar, indicando que a vontade de Deus havia sido manifestada. João Neto, o agressor, morreu no dia seguinte à sua libertação em um acidente automobilístico no ano de 2008.

DIÁRIO DO SERTÃO

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