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VÍDEO: Sem dinheiro e com dívidas, abrigo de proteção a animais de rua em Sousa faz apelo por ajuda

Os animais recolhidos pela APAS recebem suporte e carinho dos membros da ONG e funcionários do abrigo enquanto aguardam adoção. Mas isso requer uma despesa alta

Por Luis Fernando Mifô

11/09/2023 às 17h43 • atualizado em 11/09/2023 às 17h53

A Associação de Proteção aos Animais de Sousa (APAS) está pedindo socorro. A ONG que cuida de animais abandonados há quase dez anos na cidade de Sousa, no Sertão da Paraíba, sofre com a redução das doações e o consequente aumento das dívidas.

Os animais recolhidos pela APAS recebem suporte e carinho dos membros da ONG e funcionários do abrigo enquanto aguardam adoção. Mas isso requer uma despesa alta.

Atualmente o abrigo possui 270 cães recolhidos em 13 baias. Entre eles, 50 sofrem de algum problema crônico de saúde. Por isso, além da alimentação e da higiene, a ONG precisa garantir cuidados médicos.

A professora Cícera Araújo de Sousa, de 45 anos, é uma das pessoas à frente da APAS que vêm lutando pela manutenção do abrigo. Ela afirma que as despesas mensais ficam em torno de R$ 15 mil e as dívidas estão aumentando conforme diminuem as doações.

Segundo Cícero Araújo, a APAS acumula uma dívida de R$ 12 mil em clínica veterinária e R$ 3 mil de boletos atrasados. Além do mais, os salários dos funcionários também estão atrasados. “Sem funcionário o abrigo não funciona, é impossível eu trabalhar fora, gerir a instituição e fazer todo o serviço manual, é humanamente impossível”, conta a professora.

Para pedir ajuda, a ONG abriu uma nova campanha a fim de arrecadar doações, seja em dinheiro, materiais ou alimentos. Cícera estima que se aos menos uma parte dos mais de 31 mil seguidores da APAS no Instagram se mobilizasse para doar uma quantia mínima de um real cada um, já seria possível sanar algumas dívidas.

“Se dez mil seguidores doarem um real, a gente consegue pagar as contas iniciais. Hoje são a 11 [data do mês], a gente não pagou ainda os funcionários, são três funcionários, três famílias que vivem dessa renda”, ela lamenta.

Cícera Araújo é uma das diretoras do abrigo (Foto: Bruno Rafael / TV Diário do Sertão)

Indagada se já pensou em desistir da causa e devolver os animais para a rua, Cícera descarta essa possibilidade. “Vida não se abandona, vida precisa de condições para ser vivida; e os animais, assim como nós, precisam do mínimo possível para viver. Como a gente pode abandonar um animal que a gente tirou das ruas, da maldade humana, da fome, do frio e depois jogar? E outra: é saúde pública. Quando a gente tira o animal das ruas e trata, castra e devolve para a sociedade em forma de adoção, isso é, antes de tudo, saúde pública; e se é saúde pública, está lá nos três primeiros pilares da OMS [Organização Mundial da Saúde].”

O abrigo da APAS existe há 9 anos em Sousa. Fundado em 2014, ele vem travando uma batalha dura para se manter de pé. O poder público municipal, que deveria buscar soluções para o aumento da população de animais de rua na cidade, ajuda o abrigo com R$ 1,5 mil por mês. “Não deixem a APAS fechar, porque o que a gente fez durante nove anos de trabalho, foi, é e será de suma importância para a cidade e para a região”, disse a professora.

Para ajudar os animais da APAS, veja as informações no cartaz abaixo ou entre em contato pelo Instagram da ONG: @apas_sousa

DIÁRIO DO SERTÃO

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