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Novas evidências ampliam chances de cassação de Temer, aponta a Veja

Relatório da PF amplia o rol de irregularidades na prestação de contas da campanha Dilma-Temer, e a cassação deixa de ser mera possibilidade jurídica

Por Campelo Sousa

29/01/2017 às 09h24 • atualizado em 28/01/2017 às 15h26

Temer: depois de cinco meses de governo, o presidente finalmente posou para a foto oficial (Foto: Orlando Brito/VEJA)

O processo que pode levar à cassação do mandato do presidente Michel Temer já tem 15?000 páginas e reuniu evidências que não deixam margem a dúvida: dinheiro sujo, oriundo de múltiplos esquemas de corrupção, foi usado para reeleger Dilma Rousseff (PT). Parte dessas transações já foi amplamente mapeada pela Lava Jato. A outra parte vai complicar a situação do peemedebista no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que julgará ação que pede a cassação da chapa. O relator, ministro Herman Benjamin, decidiu requerer ao Supremo Tribunal Federal (STF) cópias dos depoimentos dos executivos da Odebrecht tão logo suas delações sejam homologadas. Pelo que já foi revelado, sabe-se que a empreiteira, além de comprometer Dilma e os petistas, relatou ter feito doações clandestinas ao PMDB, a pedido de Temer. Os dois partidos, portanto, teriam se beneficiado fraternalmente do mesmo dinheiro ilegal, alcançado os mesmos benefícios e praticado os mesmos crimes eleitorais. O conjunto das evidências de irregularidades ganhou um potente anexo na semana passada. Em relatório ao TSE, a Polícia Federal disse que parte dos valores desembolsados a gráficas pela chapa não resultou na prestação de nenhum tipo de serviço. O dinheiro teria sido desviado para pessoas físicas e jurídicas “em benefício próprio ou de terceiros”.

Veja

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