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No lixão, catadores encontram vida ‘estável’ e planejam até construir casa própria. VÍDEO

Catadora diz que o dinheiro não é muito, mas dá para pagar aluguel, despesas e planejar compra de material para a casa própria

Por Luis Fernando Mifô

18/02/2016 às 16h53 • atualizado em 19/02/2016 às 08h51

Do lixo eles tiram o sustento da família. No meio do entulho, dividindo espaço com tratores e urubus, os catadores de materiais recicláveis de Cajazeiras vão levando a vida, colocando comida na mesa e alguns até planejando construir a casa própria.

Edmilson está há cinco anos no lixão e não pretende sair de lá

Edmilson está há cinco anos trabalhando no lixão e, satisfeito, não pretende sair de lá

E para quem pensa que eles se envergonham da profissão, Edmilson Nogueira responde: “Daqui eu não vou sair mais, com fé em Deus. Aqui eu não sou mandado por ninguém, ganho meu dinheirinho e estou satisfeito.”

Pai de quatro filhos, Edmilson trabalha há cinco anos como catador no aterro de Cajazeiras.

Ele descobriu o local depois que saiu de uma empresa de distribuição de gás, onde trabalhava como entregador, já está acostumado com o dia-a-dia e não pretende sair do lixão.

Dona Felismina vai tentar construir sua casa com o dinheiro que ganha no aterro de Cajazeiras

O dinheiro que se tira do lixo não é muito, mas, segundo dona Felismina Gomes, que também trabalha há cinco anos no local, dá para pagar aluguel e as demais despesas do lar.

Além disso, ela ainda planeja a compra do material para construir sua casa própria aos pouquinhos, já que recentemente ganhou um terreno da prefeitura.

“Aqui eu acho bom. Todo dia tem serviço para estar empregado, para trabalhar. Todo dia o cabra [sic] ganha um dinheirinho.”

Marcos Polo, o MC Marcos, também demonstra que está satisfeito com a profissão, e entre um funk e outro vai encontrando objetos inesperados no meio do lixo, como um celular seminovo que está funcionando e com o qual ele acessa até a internet. “O que tiver de bom eu levo”, afirma.

O jovem Marcos Polo, mais conhecido como MC Marcos, divide o tempo entre catar lixo e cantar funk

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DIÁRIO DO SERTÃO

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