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Vaqueiros tomam as ruas de CZ em protestos contra a proibição da vaquejada – VÍDEO

A manifestação reuniu não só pessoas que vivem da vaquejada, mas também profissionais de outras áreas e que são vaqueiros por hobby

Por Luis Fernando Mifô

11/10/2016 às 15h18 • atualizado em 11/10/2016 às 15h20

Na manhã desta terça-feira (11), dezenas de vaqueiros, vaqueiras e simpatizantes realizaram uma manifestação em Cajazeiras em protesto contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de proibir a vaquejada no Brasil ao tornar inconstitucional uma lei do Estado do Ceará que regulamentava essa prática.

Vaqueiros seguem para o Centro da cidade

Vaqueiros seguem para o Centro da cidade

A manifestação reuniu não só pessoas que vivem da vaquejada, mas também profissionais de outras áreas e que são vaqueiros por hobby ou, como muitos afirmam, por amor à cultura. Advogados, empresários, veterinários e políticos estavam no protesto.

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Os adeptos da vaquejada se reuniram no Parque de Exposições de Animais e de lá partiram para o Centro da cidade, onde percorreram as principais ruas em cavalos e carros, empunhando faixas, entoando cantorias típicas e chamando a atenção da população com palavras de ordem e alegando que os animais não são maltratados nas vaquejadas, e que essa tradição gera emprego e renda para a região.

O vereador e prefeito recém-eleito de Cajazeiras, Marcos do Riacho do Meio (PT), conhecido por ser um dos principais representantes do homem do campo na política local, estava na manifestação. Para ele, a proibição da vaquejada é fruto de preconceito e maldade contra o povo nordestino.

“Quem está proibindo talvez não conheça o que é vaquejada e não sabe o prejuízo que está dando. Não é só a queda do boi. Você tem que pensar no desemprego direto. Esses deputados federais, senadores, têm que voltar atrás e tomar conhecimento do que eles estão fazendo. Eu acho que isso é uma maldade com o Nordeste.”

O veterinário Eldismar Firmino, que também estava no protesto, afirma que a vaquejada evoluiu bastante nas últimas décadas em termos de profissionalismo, segurança e proteção dos animais. “A vaquejada hoje é toda com responsabilidade, com proteção dos animais. Hoje a vaquejada é diferente de 15 anos atrás.”

O advogado Judah Ben-Hur completa: “Se não fosse a vaquejada hoje aqui no nosso Sertão, vários animais desses estariam passando fome.”

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DIÁRIO DO SERTÃO

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