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VÍDEO: Engenheiro florestal alerta para aumento da temperatura e extinção de várias espécies

"De 38% a 45% das plantas do cerrado correm risco de extinção se a temperatura aumentar em 1.7°C", alertou o engenheiro

Por Caliel Conradho

04/11/2021 às 17h04 • atualizado em 04/11/2021 às 17h16

O Engenheiro Florestal Sócrates Martins, em sua participação no programa Diário News desta quarta-feira (03), falou dos preocupantes impactos das mudanças climáticas no Brasil, em especial no Nordeste.

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) aponta que a região que compreende parte do Nordeste e o Norte de Minas Gerais irá ocorrer temperaturas ainda mais altas do que as que já estão acontecendo ao longo das décadas, além de que poderão acontecer ainda mais períodos de seca mais intensa e prolongada.

No Nordeste, juntamente com essas condições climáticas, vem o desmatamento e a extração de grande parte das árvores da região, gerando a cada ano uma paisagem mais desértica.

Segundo o sexto relatório do Grupo de Trabalho I do IPCC mostra que o mundo poderá atingir 1,5 °C de aquecimento nas próximas duas décadas, ou até mesmo excederá essa temperatura mais cedo do que em avaliações feitas em anos anteriores.

“A nossa região, juntamente com toda a região semiárida do Nordeste irá sofre mais ainda com a redução dos recursos hídricos por causa das mudanças climáticas. E por fim, os lençóis freáticos de nossa região irão diminuir drasticamente em mais de 70%”, alertou Sócrates.

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Segundo a análise do engenheiro florestal, as chuvas irão aumentar no Sudeste, com impacto direto na agricultura e no aumento da frequência e intensidade das inundações nas grandes cidades como Rio de Janeiro e São Paulo.

De 38% a 45% das plantas do cerrado correm risco de extinção se a temperatura aumentar em 1.7°C em relação aos níveis da era pré-industrial. Poderão acontecer grandes perdas de biodiversidade com um aquecimento de 2.0°C a 3.0°C, acima dos níveis pré-industriais.

Sócrates Martins analisa os efeitos do El Niño e La Niña para os últimos meses de 2021 e os possíveis efeitos desses fenômenos atmosféricos-oceânicos para o primeiro trimestre de 2022.

DIÁRIO DO SERTÃO

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