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VÍDEO: Morre em Cajazeiras, aos 98 anos, a professora Carmelita Gonçalves; reveja homenagem emocionante

Carmelita Gonçalves faleceu em sua própria residência, na cidade de Cajazeiras, de causas naturais, deixando um legado de doação à educação e a religiosidade no interior da Paraíba

Por José Dias Neto

16/10/2022 às 18h24 • atualizado em 17/10/2022 às 18h28

Carmelita Gonçalves. Foto: Diário do Sertão

A professora cajazeirense Carmelita Gonçalves morreu por volta das 17h30, deste domingo (16), aos 98 anos, em sua própria residência na cidade de Cajazeiras, por causa de problemas decorrentes da idade avançada.

A informação foi confirmada ao Diário do Sertão por familiares.

Carmelita sempre teve uma ‘saúde de ferro’, porém, em setembro de 2021, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), foi levada ao Hospital Regional de Cajazeiras (HRC) para ser submetida a exames e teve graves consequências.

Ao receber alta, permaneceu em sua residência com atendimento médico domiciliar e com profissionais de saúde.

Carmelita Gonçalves. Foto: Coisas de Cajazeiras

VELÓRIO E SEPULTAMENTO

O velório de Carmelita Gonçalves será realizado no ginásio do Colégio Nossa Senhora do Carmo, aberto ao público. Às 16h o cortejo seguiu para a Catedral Nossa Senhora da Piedade para a celebração da missa de corpo presente, presidida pelo bispo Dom Francisco de Sales, e em seguida, familiares e amigos seguiram para o cemitério Coração de Maria para a celebração do sepultamento.

HOMENAGEADA EM VIDA

Em novembro de 2021, em sessão solene da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), realizada em Cajazeiras, várias personalidades da educação e da religião receberam a Medalha Padre Rolim, que homenageia educadores e religisosos com histórias de superação e sucesso.

Entre os agraciados estava a professora cajazeirense Carmelita Gonçalves, de 97 anos, fundadora do Colégio Nossa Senhora do Carmo, considerada pelo deputado Jeová Campos a educadora do século.

Por motivos de saúde da professora Carmelita, quem recebeu a honra foram familiares dela. Eugênio Gonçalves, sobrinho-neto, disse que o legado de Carmelita se expande pelo Nordeste, pelo Brasil e por outros continenetes.

“Formou pessoas, formou caráter. Essa foi a obstinação dela durante a vida toda. Hoje enfrenta um problema de saúde, mas com a firmeza de sempre, com aquela energia que a fé proporciona. Essa energia que emana do céu mantém ela ainda ativa, interagindo”.

ASSISTA O VÍDEO ABAIXO DA EMOÇÃO DOS FAMILIARES: 

TRAJETÓRIA

De acordo com o ‘Almanaque’ do portal ‘Coisas de Cajazeiras’ a professora ‘Tia Carmelita’ dedicou sua vida à educação, a religiosidade e a família.

Originária de uma família abastada, Carmelita Gonçalves da Silva nasceu em 22 de julho de 1924, no Sítio Barra do Catolé, município de Cajazeiras (PB), filha de Manoel Gonçalves Dias e Hortência Gonçalves da Silva. Desde criança, tinha interesse de entrar para ordem dos Carmelitas Descalços, mas por fatalidade, após a morte de seu pai, o rumo de sua vida é modificado. Forçada pelas circunstâncias, fica em Cajazeiras, ajudando na criação dos seus irmãos. Nunca se casou, hoje vive em sua casa e também no seu Colégio na companhia de seus familiares.

Dona Carmelita (em destaque), fundadora da cidade

Ao concluir o Curso Normal, em 1943, no Colégio Nossa Senhora de Lourdes, inicia suas atividades lecionando de casa em casa e em seguida na residência da sua família. Funda, nesse mesmo ano, a Escola Nossa Senhora do Carmo, que passa a Colégio no ano de 1986.

Depois de vários anos, a escola passou a funcionar no prédio da Ação Católica, quando em 1964 mudou-se para o Colégio Monsenhor Constantino Vieira. Em fins da década de 1960, passou a funcionar na rua Geminiano de Sousa, onde funciona até hoje. Desde 1943, Carmelita Gonçalves esteve à frente da educação desenvolvida no Colégio Nossa Senhora do Carmo, com funções distintas, a saber: professora de língua portuguesa e diretora.

DIÁRIO DO SERTÃO

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