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VÍDEO: Em debate, comandante do 6º BPM defende limite de horário do Carnaval; demais convidados discordam

De acordo com a recomendação expedida pelo Ministério Público da Paraíba, através da Promotoria de Justiça de Cajazeiras, as atrações musicais no “Circuito Oficial” deverão apresentar-se até o limite máximo de 3h da manhã

Por Luis Fernando Mifô

28/02/2025 às 18h40 • atualizado em 28/02/2025 às 18h51

O limite de horário para encerrar o Carnaval de Cajazeiras no Corredor da Folia, na Avenida Francisco Arcanjo de Albuquerque, foi um dos pontos levantados no debate promovido pelo programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, que colocou frente a frente empresários, jornalistas, advogados, gestores públicos e membros da segurança pública nesta sexta-feira (28).

De acordo com recomendação expedida pelo Ministério Público da Paraíba, através da Promotoria de Justiça de Cajazeiras, as atrações musicais no “Circuito Oficial” deverão apresentar-se até o limite máximo de 3h da manhã. Com relação aos demais eventos que ocorram nas áreas urbanas da cidade, deverão terminar até às 22 horas, sendo vedada qualquer tolerância de horário, estando os agentes causadores de perturbação de sossego sujeitos às penalidades legais cabíveis.

O empresário José Leite, o advogado Adjamilton Pereira e o secretário de Cultura de Cajazeiras, Eduardo Jorge, discordam do limite de horário definido pelo MPPB. Segundo Adjamilton, geralmente os acordos feitos com o MPPB são firmados a partir de solicitações feitas pelos setores de segurança pública, a exemplo da Polícia Militar. No Carnaval deste ano, Cajazeiras recebeu apoio de 100 policiais militares, cavalaria e helicóptero.

“Eu sei que exige muito da segurança. Um Carnaval são vários dias. Mas tem homens e tem condições de se colocar uma segurança para fazer o evento do tamanho que merece”, avalia o advogado Adjamilton Pereira.

Já o secretário de Cultura Eduardo Jorge cobra da concessionária de energia elétrica que dê condições para que os maiores blocos de rua possam voltar a utilizar trios elétricos nas avenidas. “O Plano Diretor da cidade de Cajazeiras é claro, ele diz que toda fiação tem que estar acima de cinco metros e meio. Já tem que fazer valer o Plano Diretor da cidade”, reclamou.

Comandante do 6º BPM explica motivos do limite de horário

No mesmo debate, o tenente-coronel Rômulo Araújo, comandante do 6º Batalhão de Polícia Militar de Cajazeiras, explicou que a redução do limite de horário para encerrar a festa no Corredor da Folia é uma necessidade para que as forças de segurança tenham condições humanas de promover a proteção da população.

No caso de Cajazeiras, embora o Carnaval no Corredor da Folia só comece oficialmente a partir das 21h, o comandante aponta que outros eventos carnavalescos que demandam atuação da PM já se iniciam no começo da tarde.

“Logicamente, eu tive que fragmentar meu policiamento, também para atender essa demanda. A gente não vive mais aquele tempo de 12 horas de policiamento, a gente tem uma escala de seis horas porque a gente também tem que ter a doutrina humanística para o homem.”

Segundo o tenente-coronel Rômulo, estudos registram aumento de ocorrências graves quando se aproxima o horário limite. A maioria delas em função do excesso de consumo de álcool.

“Uma tolerância de 30 minutos já é grande aos olhos do policiamento. A gente até concorda com o debate, de que estão pagando várias bandas caras, valores que estão saindo dos cofres públicos e da iniciativa privada. Mas houve um planejamento, foi concordado; e agora, de última hora, a gente não pode mudar, porque eu tenho uma responsabilidade com a minha tropa”, acrescenta.

DIÁRIO DO SERTÃO

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