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VÍDEO: Com baterias de chumbo, prédio da Telemar representa perigo à saúde, mas bombeiro descarta vazamento

Capitão Teodózio confirmou que existem baterias estacionárias de chumbo-ácido no interior do prédio e que elas contêm diversos materiais tóxicos, mas não foi constatado sinais de vazamento após incêndios

Por Luis Fernando Mifô

19/11/2025 às 19h42

Capitão Teodózio, subcomandante do Corpo de Bombeiros de Cajazeiras, confirmou no programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, que existem baterias estacionárias de chumbo-ácido no interior do prédio onde funcionava a extinta empresa de telefonia Telemar, no Centro da cidade, e que elas contêm diversos materiais tóxicos. O imóvel foi atingido por dois incêndios em um intervalo de apenas sete dias neste mês de novembro. A primeira ocorrência foi registrada na madrugada do dia 06; e a segunda, na madrugada do dia 13. Ninguém ficou ferido.

O armazenamento inadequado de baterias estacionárias de chumbo-ácido em ambientes fechados representa risco à saúde pública, especialmente quando esses espaços passam a ser ocupados por pessoas sem antes ocorrer a descontaminação do local. Nas baterias é possível encontrar chumbo, ácido sulfúrico, gases residuais, entre outros elementos.

De acordo com o Capitão Teodózio, desde que as atividades da antiga empresa de telefonia foram extintas, o prédio ficou sem utilização, abandonado e serve de ponto para pessoas em situação de rua. Existe ainda a suspeita de que usuários de drogas entram no local.

Apesar de confirmar a presença das baterias, o capitão pondera que o risco de vazamento só seria iminente se houvesse um incêndio de grande proporção. “Essas pequenas queimas que estão acontecendo não são diretamente nesses locais onde tem essas baterias”, frisou.

Imóvel onde funcionava a extinta Telemar, em Cajazeiras, após mais um incêndio (Foto: TV Diário do Sertão)

O subcomandante conta que invasores estariam queimando equipamentos para derreter o plástico e retirar cobre para vender. Contudo, o Corpo de Bombeiros não constatou sinais de vazamento, por isso não providenciou a descontaminação do local.

“Se houvesse o vazamento desse tipo de substância, haveria a necessidade de descontaminação. No entanto, a gente não tem indícios de que houve esse vazamento. Inclusive, quando a gente presencia vazamento de ácido sulfúrico na forma de gás, a gente sente um cheiro característico de ovo podre, e no local a gente não sentiu esse cheiro”, relata.

A Prefeitura de Cajazeiras está reunindo a documentação necessária para que o Município tome posse provisoriamente do imóvel para realizar uma reforma e utilizá-lo como sede de algum órgão público. Se isso acontecer, a gestão também deverá providenciar um depósito adequado para armazenar os equipamentos.

DIÁRIO DO SERTÃO

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