VÍDEO: Após protesto no Lastro, gerente regional explica que a Cagepa identificou furto de água em adutora
Segundo Basílio Pedrosa, a Cagepa não abastece diretamente as comunidades rurais envolvidas no protesto, mas a operação constatou desvio de água no trecho da adutora que liga os municípios de Uiraúna e São Francisco
Moradores do município de Lastro, no Sertão da Paraíba, interditaram a rodovia PB-383, na manhã desta segunda-feira (15), para reivindicar da Companhia de Água e Esgotos da Paraíbaa (Cagepa) abastecimento em diversas comunidades rurais. Porém, durante participação no programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, o gerente regional da Cegepa na região do Rio do Peixe, Basílio Pedrosa, explicou que o que aconteceu foi uma operação policial contra furto de água praticado por pessoas dessas comunidades.
Segundo Basílio, a Cagepa não abastece diretamente as comunidades rurais envolvidas no protesto, mas a operação constatou desvio de água no trecho da adutora que liga os municípios de Uiraúna e São Francisco e já efetuou algumas prisões de suspeitos.
“Estavam desviando a ponto de não chegar água na cidade do Lastro, distrito de São Pedro e São Francisco. Então a Cagepa, juntamente com os órgãos judiciais, fez a denúncia do fato, que estava tendo os desvios comprovadamente; georeferenciamos, fizemos a denúncia à Polícia Civil, ela fez seu trabalho e organizou a operação, que está sendo realizada com sucesso”, relatou o gerente regional.
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Basílio conta que os furtos estavam prejudicando o abastecimento legal de famílias cadastradas na Cagepa e colocando em risco o funcionamento de serviços públicos essenciais, como escolas e unidades de saúde. “Ficaríamos com a culpa da prevaricação se a gente não autuasse”, justificou.
Ele revela ainda que a operação constatou até pequenos barreiros sendo abastecidos com água tratada que era desviada da adutora de forma ilegal.
“Isso é inadmissível. Todos nós sertanejos sabemos como é difícil a falta de água na nossa região, principalmente nos meses de setembro a dezembro. Como gerente, eu vivencio esse período crítico. Toda a região está carente de água. É importante frisar que, mesmo na clandestinidade, esses cidadãos estavam usufruindo da água, estavam tocando suas vidas com a água clandestina. Infelizmente ou felizmente, a gente teve que entrar com esse pedido à Justiça para garantir o básico de quem é nosso cliente”, explicou.
Os moradores que interditaram a rodovia na manhã de hoje alegam que a medida acabou penalizando famílias que não têm qualquer envolvimento com irregularidades e que dependem da água para atividades básicas do dia a dia. Eles consideram a suspensão coletiva do abastecimento injusta e cobram uma solução imediata.
Na semana anterior, o prefeito Ronaldo Gonçalves informou que o município reforçou o abastecimento com carros-pipa e protocolou junto à Cagepa um projeto de implantação de uma adutora, avaliado em mais de R$ 500 mil.
DIÁRIO DO SERTÃO
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