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Jovem da região de Cajazeiras é presa em flagrante acusada de abortar em matagal

De acordo com a Polícia Civil, o nascimento do bebê teria ocorrido no sítio Mulungu, por volta das 19h da quarta-feira.

Por Diário do Sertão

11/08/2016 às 17h57 • atualizado em 11/08/2016 às 18h00

O homem foi preso e levado à Delega

Uma mulher de 20 anos foi presa em flagrante suspeita de abandono de recém-nascido, na cidade de São José de Piranhas, no Sertão paraibano, na noite desta quarta-feira (10). Segundo a Polícia Civil, a prisão aconteceu depois que a jovem deu entrada em um hospital para a retirada de uma placenta, sem a criança. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, mas até 17h desta quinta-feira (11) o bebê não foi encontrado. A placenta da mulher foi apreendida e vai ser periciada.

De acordo com a Polícia Civil, o nascimento do bebê teria ocorrido no sítio Mulungu, por volta das 19h da quarta-feira. Na delegacia, a jovem de 20 anos disse que não sabia que estava grávida e teria ido até um matagal para defecar, quando teve um sangramento.

“Ela contou que sentiu dores e foi até o mato e disse que ‘uma coisa’ que era parecida com uma criança havia saído do corpo dela”, destacou a delegada Ana Valdenice, que autuou a suspeita em flagrante. A mulher foi encaminhada para a carceragem da delegacia da Polícia Civil de Cajazeiras.

Ainda em depoimento na delegacia, a suspeita disse à Polícia Civil que, mesmo percebendo que poderia ser uma criança, deixou ela no local. “Ela conta que ‘a coisa’ saiu do corpo, mas não chorou e ficou lá”, frisou a delegada. Ao voltar para a casa, a mulher foi acolhida por familiares que a levaram para o Hospital Regional de Cajazeiras. Segundo a Polícia Civil, os médicos confirmaram que havia placenta e cordão umbilical e que havia indícios de um parto normal, pois o já bebê estaria com cerca de 8 a 9 meses de gestação.

A delegada Ana Valdenice destacou que, durante o depoimento, a mulher contou várias versões e parecia confusa ao tentar explicar o que havia acontecido. Ao ser questionada sobre a criança, a mulher disse que não sabia o que havia acontecido, mas salientou que no local há vários cachorros. Uma equipe da Polícia Civil foi até o sítio Mulungu e encontrou marcas de sangue, no local indicado pela mulher.

“Não sabemos se essa criança foi comida por cachorros, se outra pessoa pegou, ou se a própria suspeita teria enterrado o bebê. Tudo isso precisa ser investigado. Vamos ouvir familiares, para saber se eles tinha conhecimento de que ela estava grávida, já que ela negou saber. Estamos levantando dados dela nas secretarias de assistência do município. Também soubemos que a mulher esteve em uma farmácia na manhã da quarta-feira e vamos investigar para saber qual medicamento ele havia comprado”, explicou a delegada.

Conforme a Polícia Civil, a placenta está apreendida e vai ser encaminhada para uma laboratório em João Pessoa, onde passará por exames. “Essas análises podem indicar o que aconteceu. Os exames podem indicar se houve ingestão de alguma substância química”, disse Ana Valdenice.

DIÁRIO DO SERTÃO com G1PB

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