header top bar

section content

VÍDEO: Operação “Rinha de Sangue” flagra campeonato ilegal de brigas de galos em Princesa; 35 são autuados

Os envolvidos responderão por crime de maus-tratos a animais, cuja pena pode chegar a um ano de prisão, além de multa

Por Luiz Adriano

23/06/2025 às 15h11 • atualizado em 23/06/2025 às 15h33

Uma operação conjunta da Polícia Civil e Polícia Militar, realizada neste domingo (22), desmantelou um campeonato clandestino de rinhas de galos na zona rural de Princesa Isabel, no Sertão da Paraíba. A ação foi batizada de Operação Rinha de Sangue e ocorreu por volta das 17h, em uma chácara no Sítio Jatobá.

De acordo com o delegado Gutemberg Cabral, responsável pela investigação, a polícia flagrou 35 pessoas participando diretamente das rinhas, entre organizadores e apostadores, vindos de várias cidades da região e até de municípios vizinhos do estado de Pernambuco.

A ação foi deflagrada após denúncia anônima feita à delegacia local. Três equipes da Polícia Militar foram deslocadas até o endereço informado, onde flagraram o evento em andamento. Ao perceberem a chegada das viaturas, parte do público fugiu, mas os principais envolvidos foram detidos e conduzidos à Delegacia de Polícia de Princesa Isabel.

Durante a abordagem, os agentes encontraram quase três dezenas de galos com sinais claros de maus-tratos — ferimentos, cortes, hematomas e lesões recentes provocadas por bicos e esporas. Também foram apreendidos diversos materiais usados para preparação e combate dos animais: esporas artificiais, biqueiras, buchas, balanças digitais, remédios, anilhas, serras, kits de ferramentas, além de lâminas de serra e objetos metálicos usados nas lutas.

Foto: divulgação/Polícia Civil

Multas – A Polícia Ambiental foi acionada e lavrou autos de infração ambiental que pode chegar a R$ 15 mil por envolvido, com base no artigo 32 da Lei nº 9.605/98, que trata de crimes ambientais.

Segundo o delegado, devido à falta de local adequado para abrigar os animais, os galos foram deixados temporariamente sob responsabilidade dos próprios envolvidos, que assinaram termos de responsabilidade como depositários fiéis, com a expressa proibição de usá-los novamente em rinhas.

Todos os objetos apreendidos foram encaminhados à sede da Polícia Ambiental e permanecem à disposição da Justiça. Os envolvidos responderão por crime de maus-tratos a animais, cuja pena pode chegar a um ano de prisão, além de multa.

“O procedimento foi concluído às 23 horas devido a quantidade de pessoas indiciadas e envolvidas”, informou o delegado Gutemberg Cabral.

A Polícia Civil reforça que denúncias de crimes ambientais podem ser feitas de forma anônima e que continuará atuando para combater práticas ilegais e cruéis contra animais em toda a região.

DIÁRIO DO SERTÃO

Recomendado pelo Google: