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“Que a água não se transforme em mercadoria”, diz Jeová Campos preocupado com a gestão da Transposição

O deputado afirmou que o governo federal pretende vender a Eletrobrás e isso coloca em risco o uso das águas do Rio São Francisco

Por Diário do Sertão com Assessoria

01/11/2021 às 17h41

Deputado estadual Jeová Campos.

O deputado Jeová Campos aproveitou a visita técnica comemorativa ao canal do Distrito de Boa Vista, no município de São José de Piranhas, na última sexta-feira (29), para denunciar o que acredita ser um atentado ao povo sertanejo. Recém-chegado de Brasília, onde acompanhou de perto o trâmite de alguns pleitos ligados a questão da transposição junto ao Congresso Nacional, o deputado afirmou que o governo federal pretende vender a Eletrobrás e isso coloca em risco o uso das águas do Rio São Francisco. Ele também destacou a responsabilidade do parlamento paraibano na missão de garantir que a água continue a ser um bem do povo.

“Aproveito o momento para denunciar a ação do governo federal que é a venda da Eletrobrás. Isso me bota medo e sabe por quê? Porque o São Francisco faz parte da Eletrobrás. Quem vai mandar no Rio não é mais o povo. O atual governo tem como meta passar a gestão das águas ao interesse do lucro do capital privado”, exclamou o parlamentar, indignado.

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“Aos deputados federais que aqui estão digo que vocês têm a responsabilidade política daqui em diante de não mais lutar pela chegada das águas, mas para que a água seja um bem do povo, que a água não se transforme em mercadoria, objeto de lucro, de negócio com fins lucrativos. Como um bem fundamental é essencial para a vida, a água também pode ser a única forma da construção da riqueza, principalmente para o agricultor ao longo do curso das águas”, defendeu o deputado.

Na ocasião, ele lembrou o agricultor familiar, aquele que planta sua macaxeira e que tem uma pequena irrigação. “Essa água é para que o pobre agricultor possa plantar e ter sua pequena irrigação e trazer produto de qualidade para nossa mesa. Temos que garantir agora crédito, assistência técnica, a energia barata. Não há nada mais triste do que ver a barragem cheia e o povo passando fome. É isso que acontece com a pobreza de falta de projetos do uso da água e da destinação correta deste bem tão precioso”, destacou o deputado, já frisando que é preciso saber o que fazer com as águas e de como as águas da Transposição irá melhorar a vida das pessoas.

DIÁRIO DO SERTÃO

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