VÍDEO: Luquinha rompe com Jeferson em Marizópolis e alega ausências do vice; Jeferson cita quebra de acordos
O prefeito Luquinha do Brasil alegou distanciamento e ausências do vice em ações e eventos do governo; Jeferson diz que Luquinha não cumpriu com vários acordos feitos quando firmaram a aliança
O prefeito de Marizópolis, no Sertão do Estado, Lucas Braga (Luquinha do Brasil – PSB) confirmou o rompimento oficial com o vice-prefeito Jeferson Vieira (PT) nesta terça-feira (20). O fim da aliança era apenas uma questão de tempo. Afinal, era notória a ausência de Jeferson em eventos públicos da prefeitura ao lado de Luquinha. E foi exatamente essa a alegação feita pelo prefeito em entrevista ao radialista Silvano Dias.
Luquinha do Brasil disse que o distanciamento de Jeferson Vieira estava provocando “desconforto” entre aliados. Nos últimos meses, segundo ele, Jeferson esteve presente apenas na festa de emancipação política do município e sequer hasteou a bandeira no evento cívico tradicional da data.
Além da ausência física de Jeferson, Luquinha afirma que o vice não postava nas suas redes sociais as ações de governo, a não ser que fosse marcado. “Se não marcasse, ele nunca fazia sequer uma postagem da nossa gestão. Aí, eu que faço a pergunta: o que está verdadeiramente acontecendo?”, questionou.
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Em 2023, o ex-prefeito Zé Vieira declarou apoio a Luquinha para as Eleições 2024. Dias depois, Jeferson, filho de Zé Vieira, foi anunciado como candidato a vice (Foto: Divulgação)
Jeferson respondeu às declarações
Ao tomar conhecimento da entrevista, Jeferson Vieira postou um vídeo expondo os motivos do seu afastamento. Ele conta que Luquinha não cumpriu com vários acordos feitos quando firmaram a aliança em 2020 e que Luquinha utiliza um ‘blogueiro’ da cidade para postar matérias com fatos desconexos e fake news com a intenção de criar um “cenário de traição”.
Segundo Jeferson, entre os compromissos que não foram cumpridos por Luquinha, estavam: articular um mandato de presidente da Câmara Municipal para o vereador Miguel Neto (PSB); apoiar a candidatura do próprio Jeferson para prefeito em 2028; aumentar a quantidade de cargos indicados pelo grupo do vice-prefeito na gestão; e estabelecer alguma função na qual o vice pudesse administrar parte do orçamento. Jeferson conta que, além de não ter tido aumento no número de indicações para cargos na prefeitura, Luquinha ainda exonerou 8 dos 18 que são ligados ao grupo do vice-prefeito.
“Daí em diante, a convivência ficou muito difícil. Não tinha como aparecer feliz e satisfeito em todos os eventos, enquanto os que foram demitidos esperavam de nós alguma reação. Cumpri meu papel de representar a insatisfação dos que confiam em mim”, justifica o vice.
Jeferson também afirma que Luquinha do Brasil teria determinado a um empresário que é amigo do prefeito, cuja empresa presta serviços à prefeitura, que arrematasse a casa do seu pai, o ex-prefeito Zé Vieira, em um leilão que ocorreu no dia 10 de março. A residência em Marizópolis foi arrematada por R$ 326 mil. Porém, no dia 19 do mesmo mês, o juiz Agílio Tomaz Marques, da 4ª Vara Mista da Comarca de Sousa, concedeu uma liminar suspendendo o leilão, levando em conta o pedido formulado pela esposa de Zé Vieira, Lúcia Jerônimo Vieira, no sentido de que o imóvel adquirido em leilão é o único bem de morada do casal.
“Assim como fez com Zé de Pedrinho, ele queria sair como vítima e já tentava trazer nossos substitutos. Buscou trazer Zé de Pedrinho e Rogério do Assentamento. Não deu certo. E ao mesmo tempo, eu, que não costumava ser convidado para os eventos no período pós-eleição até janeiro, passei a ser praticamente intimado para todo tipo de evento. Ainda fui a alguns para manter os aliados empregados, mas ele sabia que não tinha como eu ir a todos, e sempre que eu faltava, colocava o blogueiro para nos atacar”, relata Jeferson.
O vice-prefeito também lançou um desafio a Luquinha para testar a fidelidade do prefeito ao governador. “Eu afirmo, em meu nome, em nome do ex-prefeito Zé Vieira e em nome do vereador Miguel Neto, que nós votaremos no governador João Azevêdo para senador. Será que você pode afirmar o mesmo?”.
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