A parte sadia e reconhecida de nossos conterrâneos

Por Saulo Pericles Brocos Pires Ferreira – Caros leitores. Eu sou natural e de longa descendência de cajazeirenses. Morei, por uma ironia do destino em minha cidade natal, mas o destino normal de meus contemporâneos não era o de voltar para nossa terra Natal: pois não teríamos espaço suficiente, já que nossa terra não se comportava como um “leque”, que iria se abrindo para nos acomodar em seu desenvolvimento, pois por causa da inexistência desse desenvolvimento, e de existirem outros centros mais receptivos para pessoas que tinham os conhecimentos e as habilidades que o estudo fundamental, e hoje o superior, não oferecem postos de trabalho na medida em que podemos oferecer essas habilidades, Assim, apenas uma pequena fração e dessa pequena fração os talvez menos capacitados, venham a voltar para Cajazeiras e vir a residir em nossa amada cidade.
Mas vou contar a minha própria história e como vim parar aqui. Eu sempre me espelhei em três ou quatro figuras de nossa História: Dr. Severino Cordeiro (tio afim), Major Galdino Pires (avô paterno), Dr. Higino Pires Ferreira (tio), e Clóvis Matos de Sá (primo de minha mãe). Tentei ver as suas qualidades e evitar seus erros, mas no tempo em que me formei em Engenharia Mecânica, eu, apesar de ter passado num concurso da Petrobrás, mas minha faculdade não conseguiu entrar em contato comigo, pois eu aqui não sou conhecido por meu nome, Saulo, mas por Pepé, e os telefonemas não chegavam para mim, mas eu na realidade, não queria ir para lá. Como meu primo Airton Pires Maia tinha ido para Recife, se abriu um lugar na empresa familiar, uma vaga e minha tia Diva falou o óbvio: Gineto, você tem que colocar Pepé no lugar de Airton. Por isso, eu vim para Cajazeiras. Dos meus contemporâneos vieram apenas Alexandre Costa, Aldeir Mangueira e Antônio Rangel, esse para ocupar o lugar de seu tio, João Martins Moreira, e alguns Médicos, que poderiam se fixar noutro lugar maior.
Outros grandes profissionais como Marcílio Cartaxo, Irem Guimarães, Sabino Filho. o próprio Antônio Rangel, que voltou para João Pessoa, Eugênio Nóbrega além de uma longuíssima lista de grandes profissionais, que não conseguiria nomear, e no último lugar, o mais afastado, eu me incluo, pois não existem as condições de eu trabalhar nas grandes obras e projetos. Por aí. Domingos da Auto Som, foi uma excessão que acreditou em mim e me perguntou se eu conseguiria fazer uma estrutura metálica de 45 metros em vão livre. Aceitei e está lá, linda e maravilhosa, mas seu sogro disse que não ficaria em baixo. Eu fiquei o dia todo. Depois de montada. Perguntei se o pessoal da casa de festas Palácium gostaria de me contratar para cobrir um vão de 82 metros. Eles falaram que não acreditavam. Está lá levando chuva. Não é um desafio de grandes proprorções. Na minha empresa, eu calculei um vão de 37 metros de vão livre, e depois os “iluminados” resolveram colocar uma pilastra. O chão abateu e minha estrutura suporta o telhado e a pilastra deles. Pois bem. Cajazeiras não confia em meus cálculos, apesar de nunca ter caído nenhum prédio com estrutura metálica calculada e acompanhada por mim. Então vou ver se noutros lugares eles pelo menos tenham menos desconfiança. Hoje me telefonam perguntando se eu posso calcular estruturas mais complexas, eu respondo que não posso, pois sem acompanhamento eu não faço os cálculos. O montador vai economizar na solda ou nos parafusos e sobra para mim.
Aqui, fui para a posse de Antônio Rangel Moreira como Conselheiro do Hospital Napoleão Laureano, cujo Diretor é Marcílio Cartaxo, que contou com a presença de Irlem Guimarães, talvez o maior projetista de barragens que nosso Estado já produziu. A única barragem que ele não participou, foi exatamente a de Alagamar, que por algum motivo, veio a arrombar e causar óbitos. Dr. Eugênio da Nóbrega é um dos mais conceituados juristas de nosso estado. Todos esses cajazeirenses, e se nossa cidade fosse um pouco mais acolhedora, poderiam, pelo menos alguns desses, estar prestando seus serviços em sua cidade natal, como nossos pais.
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Agora quem foi exaltado na Assembleia Legislativa no ano passado, não foi nenhum desses, mas o “influencer” Hitalo Santos, que praticava a saudável e recomendável função de colocar menores impúberes na internet (14 milhões de seguidores), para satisfazer os prazeres libidinosos de seus monstruosos adeptos. Cajazeiras precisa desse pessoal, para ser famosa, não de gente séria e saudável.
Lastimável!!!
Cajazeiras, 16 de agosto de 2025.
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