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José Antonio

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Biblioteca Municipal Castro Pinto: a sala de visita de Cajazeiras

15/08/2025 às 20h09

Coluna de José Antonio - Foto: divulgação/Prefeitura de Cajazeiras

Por José Antonio – Em 1945, quando, Heronides Ramos foi nomeado prefeito de Cajazeiras (1944 a 1945), criou por decreto a biblioteca, mas que só foi instalada e inaugurada pelo prefeito Manoel Lacerda, no ano de 1946, quando exerceu o poder público municipal no período de fevereiro de 1946 a fevereiro de 1947. A biblioteca não tinha sede própria. Até 1974, funcionava no andar térreo da atual prefeitura em situação precaríssima.

Foi no governo do prefeito Antonio Quirino de Moura (31.01.1973 a 31.01.1977), que a Biblioteca Castro Pinto ganhou a sua sede.

E quando da mudança do local, queriam também mudar o nome de Castro Pinto, mas não foi aceito pela Câmara Municipal, pelo fato da Biblioteca já ter seu registro nacional com o nome deste ilustre paraibano.

Quem é o patrono desta biblioteca? João Pereira de Castro Pinto, que nasceu em 3.11.1863, em Mamanguape, na Paraíba e faleceu em 11.7.1944 e fez o curso Secundário no Liceu Paraibano e cursou Direito na Faculdade do Recife. Foi Promotor Público em Mamanguape, Procurador Seccional da República, Promotor Público em Fortaleza, Secretario de Governo da Paraíba, Promotor Público em Belém do Pará, Deputado estadual em 1891, Deputado Federal em 1906, senador de 1908/1912 e Governador da Paraíba, 1912/1916 e era considerado um dos mais brilhantes oradores da Paraíba.

Foi por esta brilhante trajetória de vida que foi escolhido como Patrono da Biblioteca Pública de Cajazeiras, que segundo o ilustre paraibano José Américo de Almeida, em uma de suas visitas a nossa cidade, ao entrar na Biblioteca, assim se expressou: “é nesta casa que se respira melhor esta cidade”.

A Biblioteca Castro Pinto faz parte de minha vida pública, porque enquanto vereador (1973/1977), sempre fiz a defesa de um lugar digno para a nosso pequeno e acanhado espaço dedicado aos livros. A conquista veio. Participei de sua inauguração ao lado do prefeito Antonio Quirino de Moura e fiz um emocionado discurso e sempre tive um carinho todo especial por ela.

Foi pensando na ampliação do seu acervo que, para os seus salões de leitura, como responsável pela guarda do acervo do escritor cajazeirense Otacílio Dantas Cartaxo, que fez a doação de mais de sete mil livros para o Instituto Histórico de Cajazeiras, vindos do Recife, mais os livros do médico Solidonio Lacerda, cajazeirense, residente no Rio de Janeiro e os do ex-deputado federal Edme Tavares, vindos de João Pessoa e Brasília, que somam mais de oito mil livros, que tomamos a decisão de todos ficarem sob a guarda da Biblioteca Pública Castro Pinto e a disposição do povo de nossa cidade.

A prefeita Corrinha, no dia de ontem, 14, inaugurou um espaço dedicado só a crianças especiais, um ato nobre de inclusão social, o que faz da nossa casa de cultura ter mais importância no seio da comunidade cajazeirense.

Um detalhe sobre livros: padre Rolim, antes de morrer, teve um profundo desgosto: parte dos seus livros teria sido “roubada” por um cidadão que veio visitá-lo com o intuito de conhecê-lo, mas teria outras intenções. Livros naquela época valiam ouro.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário e Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação.

Contato: [email protected]

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