O Açude Grande chora de tristeza

Por José Antonio – Há quanto tempo o Açude Grande de Cajazeiras, que teve as suas origens com os fundadores de Cajazeiras, Vital de Sousa Rolim e Ana de Albuquerque e depois com as ações do seu filho, Padre Ignácio de Sousa Rolim, de cujas águas se utilizava para ensinar aos seus alunos a fazer irrigação e aprender botânica, além da ação do grande paraibano Epitácio Pessoa, em 1915, fez valer a sua ação para uma grande e importante reforma, através do Instituto Federal de Obras Contra as Secas (IFOCS), que depois se transformou no DNOCS, lamenta, chora e aguarda o momento da despoluição de suas águas. Este açude, até década de 60, abasteceu a população de Cajazeiras e foi a salvação de todos em momentos de grandes secas
Desde o inicio da década de 80, que a cidade sempre pensou em transformar este açude numa bela e exuberante área de lazer e prazer. Muitas foram as lutas. Quem não lembra que Senador Vital Filho, em 2011, cumpriu a promessa que fez aos cajazeirenses e o Congresso Nacional aprovou, uma emenda ao PPA, de sua lavra, que destinou 30 milhões de reais para o Açude Epitácio Pessoa, o nosso Açude Grande, em Cajazeiras.
Os recursos se destinavam à revitalização e despoluição e este projeto foi duramente trabalhado pela Associação dos Cajazeirenses e Cajazeirados do Ceará – AC3, que realizou algumas festas e os lucros foram revertidos na elaboração do mesmo. Foi um trabalho perdido? Não, porque Cajazeiras não é de perder suas lutas e batalhas.
O cajazeirense Raimundo Lira, que assumiu no lugar de Vital, que foi nomeado para o Tribunal de Contas da União, continuou a batalha e havia também destinado uma verba de 20 milhões de reais com este mesmo objetivo, mas infelizmente o projeto desapareceu e perdemos este precioso investimento.
Temos ouvido constantemente que os recursos para a viabilização desta importante obra já estariam nos cofre da CAGEPA, cujo projeto prevê a revitalização e urbanização do entorno, com investimentos de 37.800.000 de reais, incluindo a retirada de esgoto doméstico que o polui, mas não tenho conhecimento quando ela será iniciada. Esta obra está sob a responsabilidade do estado.
Como neste país as boas obras andam a passos de tartaruga, quem sabe, aproveitando as eleições de 2026, vamos ter o seu início? Enquanto isto, o velho manancial chora de tristeza.
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.

Deixe seu comentário