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José Antonio

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O Açude Grande chora de tristeza

11/08/2025 às 21h12

Coluna de José Antonio - Açude Grande, em Cajazeiras – Foto: Fernanda Layse/Diário do Sertão

Por José Antonio – Há quanto tempo o Açude Grande de Cajazeiras, que teve as suas origens com os fundadores de Cajazeiras, Vital de Sousa Rolim e Ana de Albuquerque e depois com as ações do seu filho, Padre Ignácio de Sousa Rolim, de cujas águas se utilizava para ensinar aos seus alunos a fazer irrigação e aprender botânica, além da ação do grande paraibano Epitácio Pessoa, em 1915, fez valer a sua ação para uma grande e importante reforma, através do Instituto Federal de Obras Contra as Secas (IFOCS), que depois se transformou no DNOCS, lamenta, chora e aguarda o momento da despoluição de suas águas. Este açude, até década de 60, abasteceu a população de Cajazeiras e foi a salvação de todos em momentos de grandes secas

Desde o inicio da década de 80, que a cidade sempre pensou em transformar este açude numa bela e exuberante área de lazer e prazer. Muitas foram as lutas. Quem não lembra que Senador Vital Filho, em 2011, cumpriu a promessa que fez aos cajazeirenses e o Congresso Nacional aprovou, uma emenda ao PPA, de sua lavra, que destinou 30 milhões de reais para o Açude Epitácio Pessoa, o nosso Açude Grande, em Cajazeiras.

Os recursos se destinavam à revitalização e despoluição e este projeto foi duramente trabalhado pela Associação dos Cajazeirenses e Cajazeirados do Ceará – AC3, que realizou algumas festas e os lucros foram revertidos na elaboração do mesmo. Foi um trabalho perdido? Não, porque Cajazeiras não é de perder suas lutas e batalhas.

O cajazeirense Raimundo Lira, que assumiu no lugar de Vital, que foi nomeado para o Tribunal de Contas da União, continuou a batalha e havia também destinado uma verba de 20 milhões de reais com este mesmo objetivo, mas infelizmente o projeto desapareceu e perdemos este precioso investimento.

Temos ouvido constantemente que os recursos para a viabilização desta importante obra já estariam nos cofre da CAGEPA, cujo projeto prevê a revitalização e urbanização do entorno, com investimentos de 37.800.000 de reais, incluindo a retirada de esgoto doméstico que o polui, mas não tenho conhecimento quando ela será iniciada. Esta obra está sob a responsabilidade do estado.

Como neste país as boas obras andam a passos de tartaruga, quem sabe, aproveitando as eleições de 2026, vamos ter o seu início? Enquanto isto, o velho manancial chora de tristeza.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário e Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação.

Contato: [email protected]

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Professor Universitário e Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação.

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