Caminhos da esperança e beleza, no Sesquicentenário de Cajazeiras

Por José Antonio – No último dia 10 de julho de 2025, Cajazeiras completou 149 anos de sua elevação da categoria de Vila para a de Cidade. Esta é mais uma das importantes datas da história da cidade que não se comemora.
Eu imagino como seria a minha urbe nos idos de 1876: ruas estreitas e sem calçamentos, calçadas altas, iluminação a luz de candeeiro, prédios com adereços em suas fachadas com algumas árvores e talvez uma única praça, a da Matriz. Para a Vila de Cajazeiras conquistar o predicado de cidade foi treze anos de luta porque todas as vezes que o projeto era encaminhado para votação, no plenário da Assembléia, era rejeitado.
Hoje a vejo e curvo-me diante de sua beleza, muito embora com sinais na face que demonstram as rugas do envelhecimento, que simbolizam o seu crescimento urbano desordenado, com habitantes que teimam em jogar lixo nos leitos de suas ruas e o entulho de suas novas edificações, das calçadas mal cuidadas e da impiedosa ação dos vândalos que destroem as praças e os nossos jardins.
Esta cidade vive em constante ebulição, não é um projeto acabado, findo. Não cuidamos da preservação do que já existe em pelo menos no que poderíamos chamar de original, histórico e antigo. Existem cidades onde não se tem o direito de alterar mais coisa nenhuma em determinadas ruas. São “imexiveis”.
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Um administrador cresce e se avulta, não pelo que é, mas pelo que deve fazer, pelo que faz e a glória sua sobe da poeira de suas obras. Em Cajazeiras, ao longo destes anos, alguns administradores enfeitaram o corpo bonito desta jovem cidade, com novas avenidas, com praças e jardins, mas foram poucas as tatuagens para torná-la mais bela e atraente. Eu só acredito em prefeito que seja muito vaidoso, porque a sua vaidade ele consegue transferir para a cidade que administra.
Estamos no sétimo mês da nova administração, que tem em seu plano de governo, o embelezamento e a revitalização das praças de nossa cidade. Não tenho dúvidas que a fará, mas que será preciso “cuidar”, porque vários prefeitos já assim procederam, mas não colocaram guardas para vigiar contra a ação dos vândalos, basta lembrarem-se dos bancos de madeiras que foram colocados no canteiro central da Avenida Francisco Matias Rolim que foram roubados, dentre outros inúmeros casos vandalismos.
Como eu gostaria de ver a minha cidade? Imaginemos uma noiva no altar ou uma jovem de 15 anos num baile de debutantes o que diriam os convidados para a festa? E para completar a beleza da festa muita luz. O saudoso Monsenhor Vicente Freitas costumava dizer: festa só é bonita com muita luz e recordo-me do prefeito Chico Rolim que se orgulhava de ostentar o titulo de que Cajazeiras era a cidade mais bem iluminada da Paraíba e a que tinha muitas ruas asfaltadas. Por que perdemos este titulo e esta honraria?
Quando era aluno do Colégio Salesiano Padre Rolim morávamos na Rua Cel. Peba, que foi calçada no governo de Antonio Rolim, e todos os dias fazia uma caminhada, até a colina de Nossa Senhora Auxiliadora e tenho guardado na memória, casa por casa e rua por rua e outro dia para matar as saudades e relembrar os meus tempos de estudante fiz o mesmo percurso e os nomes e traçados das ruas pouco mudaram, desde o ano de 1958. O que tem de novo além de terem sido todas calçadas e outras asfaltadas? A Praça Mãe Aninha foi dividida em duas e a nova ganhou o nome de Major Galdino; construíram a Praça Dr. José Rolim Guimarães, conhecida como Praça do Pirulito e a Ponte Costa e Silva e o Canal do Sangradouro.
Novos caminhos se abrem nesta cidade e as esperanças se renovam na gestão da prefeita Corrinha Delfino, que tem demonstrado uma preocupação com as rugas desta bela e jovem cidade sertaneja, que todos nós a queremos desfilando igual a uma rainha na Avenida João Pessoa: bela e fogosa.
No próximo ano iremos comemorar o sesquicentenário de Cajazeiras como cidade, eis uma oportunidade para fazermos uma bela festa e é preciso que a noiva esteja muita bonita.
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