E cadê o Parque do Açude Grande?

Por Josival Pereira – Reparando as cenas do ato do governador João Azevedo assinando ordens para dar andamento ao projeto de implantação do Monumento Natural Itacoatiaras do Ingá, na terça-feira (07/10), os sentidos se voltaram para Cajazeiras.
O projeto é de causar inveja. No bom sentido é certo, mas não dá para segurar sentimentos de ciúme, tristeza e desalento, assim, misturados, pedindo passagem para se manifestar.
O monumental no título do projeto do governo não diz respeito apenas à importância do parque arqueológico que ficou famoso pela descoberta de misteriosas inscrições rupestres, antes mesmo do Vale dos Dinossauros, em Sousa.
O valor a ser investido no projeto é substancioso: R$ 29,3 milhões. O conceito e equipamentos previstos são igualmente grandiosos. A área será transformada em Unidade de Conservação e de Proteção Integral e servirá para atividades científicas, educacionais e turísticas, além de contar com espaço de recepção, conscientização e exposição, lojas de souvenir, sala multiuso para atividades educacionais de conscientização, sala dos pesquisadores, alojamentos feminino e masculino, restaurante, laboratório, sala de exposição permanente, dentre outros ambientes. O projeto arquitetônico também é muito bonito.
Nada contra o projeto. Ingá merece, a Paraíba precisa conservar seus parques arqueológicos e históricos, os estudantes vão ganhar um importante espaço de pesquisas e estudos e a população mais um equipamento turístico. O governo acerta na execução do projeto.
O problema diz respeito a nós. Não existe como não lembrar do sonhado Parque do Açude Grande pelo qual a sociedade civil encampa uma luta há cerca de duas décadas, oferecendo até projeto pronto.
O Parque do Açude Grande até frequenta os discursos políticos e planos de campanhas eleitorais. Chegou a ser anunciado no plano de obras 2025/2026 do governador João Azevedo, mas não há absolutamente nada que indique que o projeto esteja saindo do papel. Essa é a tristeza.
O desalento fica por conta da inércia das lideranças políticas de Cajazeiras em relação aquilo que verdadeiramente importa. Os deputados Júnior Araujo e Chico Mendes têm muita responsabilidade nisso.
Não se desconhece a atuação dos políticos para melhorar alguns serviços, mas é não possível esquecer os grandes projetos. É preciso gastar menos energia em busca de cargos e empregos públicos e direcionar à cobrança de equipamentos definitivos e que impulsionem o desenvolvimento da cidade.
Não custa lembrar que a cidade e a região têm crédito com o governador e com os citados parlamentares. Basta pegar e lembrar os resultados das urnas nas últimas eleições.
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