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José Antonio

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Passos da Memória

11/07/2025 às 18h40

Coluna de José Antonio

Por José Antonio – O encontro de representantes da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (ACAL) e a prefeita de Cajazeiras, professora Socorro Delfino, no último dia sete de julho, poderá render excelentes resultados para o município, tal a relevância dos assuntos que foram abordados na área da cultura, do ensino, do turismo e dos fatos relevantes de nossa história.

Ao longo dos 162 anos de independência de Cajazeiras, ocorrido em 1863, no dia 23 de novembro, apenas uma vez foi comemorada a data mais importante de nossa história, um ano depois, em 1964, tendo a frente o inesquecível Monsenhor Vicente Freitas, que fez “finca pé” junto ao prefeito de então, Francisco Matias Rolim, já que Otacílio Guimarães resolveu não fazer festa nenhuma.  “Este centenário não pode deixar de ser comemorado”, dizia Monsenhor Vicente. E foi realizada uma grandiosa festa.

O mesmo fato vem acontecendo desde o dia 10 de julho de 1876, quando a Vila de Cajazeiras foi elevada à categoria de cidade, após uma grande luta na Assembléia Legislativa da Paraíba, finalmente foi sancionada a Lei Provincial número 616,  por Dr. Flávio Clementino da Silva (Barão de Mamanguape). Esta data só foi comemorada no ano de 1976, novamente tendo a frente o Monsenhor Vicente Freitas. O centenário da elevação à Categoria de Cidade foi tão grandioso quanto o da Emancipação Política.

O dia 23 de novembro só poderá ser comemorado como a data da “Emancipação Política” de Cajazeiras, se tornando feriado, via Lei municipal e a prefeita Corrinha, por sugestão do sócio da ACAL, Cristiano Moura se dispôs “topar a parada”, ainda este ano, para reparar um dos erros lamentáveis da história do município.  E fica sempre a pergunta: e o dia 22 de agosto? Esta data vai continuar sendo celebrada em homenagem ao seu filho mais ilustre? Obvio que sim. O que não podemos é continuar ensinando errada a data da Emancipação Política do município.

Outro assunto que foi tratado e que poderá render bons frutos, para as gerações futuras, seria a edição de um livro didático, para os alunos do ensino fundamental sobre a História do Município e que poderia ser feito em parceria com a ACAL, incluindo não apenas a parte histórica, mas a geografia física, humana e política.

Foi sugerido também que a missa do “Dia da Cidade”, a ser comemorada em 22 de agosto, seja realizada no Sítio Serrote, local aonde nasceu o Padre Ignácio de Sousa Rolim e que poderá se transformar no ponto de partida de “Um Roteiro Turístico de Cajazeiras”

Estes são os primeiros passos na tentativa de se instalar na cidade os fundamentos definitivos da cultura do seu povo e na preservação de seu patrimônio histórico e arquitetônico que vêm se deteriorando ao longo do tempo.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário e Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação.

Contato: [email protected]

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