VÍDEO: Discussão sobre criação da Universidade Federal do Sertão levanta questionamentos em Cajazeiras
O radialista Aristênio Marques pontua quais as possíveis mudanças e impactos do surgimento de uma nova instituição e ressalta: "Apenas converter UFCG em Universidade Federal do Sertão é chover no molhado"
A possível criação da Universidade Federal do Sertão da Paraíba voltou a gerar discussões na região, especialmente em Cajazeiras. O radialista Aristênio Marques, no “Direto ao Ponto” dessa semana, levantou questionamentos cruciais sobre os impactos e o modelo de implementação da nova instituição.
Marques enfatizou a preocupação com a localização da reitoria, mas salientou que Cajazeiras sempre teve um papel proeminente na oferta de cursos federais, desde a época da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e, posteriormente, com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Para ele, a criação da Universidade Federal do Sertão deve ser um recomeço.
“Se nós formos criar a Universidade Federal do Sertão eu entendo que ela tem que partir do zero. Ela vai ter que ter uma sede própria, depois disso, ela vai ter um corpo técnico administrativo próprio e obviamente um corpo de professores, os docentes, próprios”, afirmou.
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O radialista fez um paralelo com a transição de UFPB para UFCG em 2002, período que ele vivenciou como estudante. Ele descreveu a universidade em 2001 como “sucateada”, com estrutura precária e falta de recursos. Essa experiência o leva a defender que a nova Universidade Federal do Sertão não seja apenas uma readequação do campus da UFCG em Cajazeiras.
“Se ela for apenas para transformar a Universidade Federal de Campina Grande, o campus aqui na cidade de Cajazeiras, em Universidade Federal do Sertão, não vai mudar nada a curto e médio prazo na história populacional estudantil da nossa cidade”, pontuou.
Ele questionou a efetividade de uma simples conversão, levantando a dúvida se o corpo docente atual seria mantido e se haveria um aumento significativo na oferta de cursos. Marques destacou que, nos 20 anos desde a mudança para UFCG, o campus de Cajazeiras adicionou apenas dois cursos de graduação: Medicina e Enfermagem.
Aristênio Marques levantou ainda indagações sobre a linha de formação da futura universidade: “Quais cursos virão para a nova universidade? O que a gente está preparado para transformar? Vai enveredar para Saúde, Exatas, Humanas?”.
Apesar dos questionamentos e da necessidade de um planejamento aprofundado, o radialista reiterou o desejo de que o projeto da Universidade Federal do Sertão da Paraíba se concretize, visando atrair mais estudantes e desenvolvimento para a região.
DIÁRIO DO SERTÃO
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