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VÍDEO: Engenho da comunidade Quixabeira em Serra Grande mantém tradição e preserva a cultura da rapadura

O repórter Cláudio Nepó esteve na comunidade e acompanhou de perto a tradicional moagem da cana-de-açúcar que acontece no engenho local

Por Luiz Adriano

25/09/2025 às 17h58

O repórter Cláudio Nepó, da TV Diário do Vale, afiliada da TV Diário do Sertão, esteve na comunidade Quixabeira, zona rural de Serra Grande, no Vale do Piancó, e acompanhou de perto a tradicional moagem da cana-de-açúcar que acontece no engenho local.

No espaço, trabalhadores e moradores se reúnem para transformar a cana em uma variedade de produtos que fazem parte da identidade cultural do Nordeste: rapadura, mel, batida, alfenim e tantos outros derivados.

Durante a reportagem, o agricultor Adailton da Câmara, um dos responsáveis pela produção, destacou a diversidade de espécies de cana existentes e explicou as particularidades do cultivo.

“Existem mais de 500 variedades de cana-de-açúcar, mas nem todas são apropriadas para o mel, a rapadura e a batida. A maioria vai para a produção de álcool e açúcar. Aqui a gente foca na cana certa para manter a tradição”, disse.

Foto: frame de vídeo/TV Diário do Vale

Produtos de qualidade – Ele também ressaltou que a qualidade do produto está ligada ao manejo correto da planta. “Quando a cana pendoa e envelhece, ela perde o caldo. Já na rapadura, quanto mais escura, mais natural. O açúcar mascavo tem em torno de 95% de pureza, enquanto o açúcar branco é o mais prejudicial”, explicou.

Segundo Adailton, o diferencial do engenho da Quixabeira está no caráter artesanal da produção.

“Nosso produto é totalmente natural, orgânico, sem nenhuma química. Isso proporciona ao consumidor uma boa degustação e mantém viva a tradição da nossa comunidade”, afirmou.

Fabricação – A reportagem mostrou ainda o passo a passo do trabalho no engenho: a garapa é despejada em um primeiro tacho, onde começa o cozimento. Em seguida, passa por outro recipiente para a assepsia e limpeza, seguindo por novas etapas até chegar ao ponto final, quando se transformará em rapadura ou outros derivados.

O engenho, pertencente à própria comunidade, funciona de forma coletiva. Cada agricultor tem o seu dia de moagem para transformar a sua porção de cana em produto final.

Mais do que um processo de produção, o trabalho no engenho da Quixabeira é a preservação de uma herança cultural que atravessa gerações, mantendo viva a memória do Sertão paraibano.


Mais fotos do engenho:

DIÁRIO DO SERTÃO

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