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REGIME FECHADO: Acusado de matar esposa grávida na região de Cajazeiras é condenado a 42 anos de prisão

A defesa disse que vai recorrer para diminuir a pena que foi imposta sem brecha para fiança. O feminicídio aconteceu em setembro de 2020 e tomou repercussão nacional

Por Luiz Adriano

21/09/2022 às 09h13 • atualizado em 21/09/2022 às 09h17

Pâmela Bessa foi espancada até a morte pelo companheiro em setembro e 2020 - foto: reprodução/Facebook

O julgamento do caso de Pâmela Bessa, mulher que foi assassinada pelo seu próprio esposo em 7 de setembro de 2020 na cidade de Poço de José de Moura, região de Cajazeiras, aconteceu nesta terça-feira (20) no Fórum de São João do Rio do Peixe. Ao término dos atos judiciais, o acusado, Hélio José de Almeida Feitosa, foi condenado a uma pena de 42 anos de prisão em regime fechado sem brecha para fiança.

O feminicídio aconteceu quando Pâmela tinha 27 anos e estava grávida de cinco meses. No ato criminoso, morreram mãe e filho. Além do bebê que estava na barriga, a jovem mulher era mãe de mais três filhos.

O CRIME

O crime que chocou o Sertão aconteceu no feriado do dia 07 de Setembro de 2020, onde de acordo com a Polícia Militar, a jovem que estava grávida, apresentava sinais de espancamento. Ela estava em sua residência em Poço José de Moura quando foi socorrida em estado grave para o hospital em São João do Rio do Peixe. O médico que atendeu a paciente percebeu as lesões e acionou a polícia para investigar o caso. Infelizmente Pâmela e o bebê não resistiram e faleceram.

No dia do assassinato, o esposo ainda chegou a ser intimado e foi até a Delegacia de Polícia de Cajazeiras, mas ele alegou que a morte da esposa aconteceu em decorrência de problemas de saúde. Após o resultada da perícia, que constatou hematomas na jovem, ele passou a ser o principal suspeito do crime. De posse do parecer pericial, a polícia procurou o investigado para ouvi-lo novamente e ele já havia foragido.

PRISÃO

O até então suspeito, foi preso no dia 4 de dezembro de 2020, três meses depois do feminicídio. Ele foi detido no município de Rio Grande da Serra, litoral de São Paulo.

REPERCUSSÃO

Dia 20 de setembro de 2020, 13 dias depois do crime, centenas de mulheres se reuniram e realizaram um grande protesto, onde lotaram as ruas da cidade de Poço de José de Moura, e em posse de cartazes pediam justiça. As manifestantes lamentaram a tragédia em que a cidade vivenciou.

O feminicídio repercutiu nacionalmente. O programa ‘Cidade Alerta’, da TV Record, destacou a ocorrência, falou com familiares e cobrou a prisão de Hélio José de Almeida, companheiro de Pâmela, apontado como responsável pelo feminicídio. Uma reportagem com quase 15 minutos de duração foi exibida ressaltando a tragédia.

LAUDO DO IPC

De acordo com os exames cadavéricos, Pâmela foi espancada e teve hemorragia interna provocada por pancadas no abdômen, além de duas costelas que foram fraturadas.

DEFESA

A Defesa de Hélio José de Almeida Feitosa, disse que vai recorrer da sentença e fazer uma petição para diminuição da pena.

DIÁRIO DO SERTÃO

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