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VÍDEO: Tribunal do Júri absolve quatro réus acusados de duplo homicídio, contra pai e filho, em Bom Jesus

Foram 12 horas de julgamento e os réus foram absolvidos de uma acusação de um duplo homicídio registrado em dezembro de 2016. Um dos quatro jovens chegou a passar quase seis anos preso injustamente

Por Luiz Adriano

02/08/2023 às 18h43 • atualizado em 02/08/2023 às 18h47

Quatro réus que eram acusados de um duplo homicídio onde pai e filho foram assassinados em 3 de dezembro de 2016, na cidade de Bom Jesus, no Alto Sertão paraibano, foram absolvidos durante julgamento nesta terça-feira (1º) no Fórum Ferreira Júnior, em Cajazeiras.

Um dos advogado de Defesa, Claudenilo Pereira, participou do programa Olho Vivo da TV Diário do Sertão, e explicou detalhes do processo.

O jurista disse que um dos quatro réus ainda permanecia preso, chegando a ficar quase seis anos detido em regime fechado esperando a instrução processual. Ele explicou que os outros três já estavam em liberdade cumprindo outras medidas cautelares, mas ainda chegaram a passar 2 anos e 5 meses encarcerados. “É um prejuízo irreparável”, disse o advogado.

Claudenilo falou que o processo foi um tanto quanto complicado. Ao todo, segundo o advogado, são mais de mil páginas, foram mais de 30 testemunhas e quatro réus acusados os quais suportavam a acusação desde 2016.

O julgamento aconteceu nesta terça-feira (1º) no Fórum de Cajazeiras

A DEFESA

Ele destacou que a Defesa conseguiu provar que os seus clientes não estavam no local do crime no momento do duplo homicídio.

“Tivemos a felicidade de acertar na tese defensiva de tratar o processo com toda delicadeza necessária e demonstrar ao Conselho de Sentença, de que a tese da Negativa de Autoria de que os nossos clientes, os nossos constituintes, as pessoas que suportavam essa acusação desde 2016, eles não estavam no local, eles não concorreram para o delito que ora foi apurado”, ressaltou.

“O Conselho de Sentença por soberania, nos vereditos, absolveu os clientes, esses quatro jovens de 26 e 27 anos de idade, que retornaram ao seio de suas famílias”, acrescentou.

Equipe de juristas que participou do julgamento

O CRIME FICA IMPUNE?

Conforme as explicações do advogado, agora, o processo retorna para a delegacia de Polícia Civil e recomeça as investigações para encontrar os verdadeiros autores dos homicídios.

“Isso não quer dizer que o crime ficou impune, na verdade, o processo ele deve retornar para a delegacia de polícia para que seja apurado, para que seja identificado os verdadeiros autores, e assim paguem seus respectivos delitos, porém nós não podemos correr o risco de ter inocentes respondendo por uma situação que não fizeram”, disse o jurista.

“Quando há uma situação de quando os réus são absolvidos, não há vencedores e não há derrotados. Existe um único vencedor ou uma única vencedora, que é a Justiça”, concluiu.

RELEMBRE O CASO

Pai e filho, identificados como José Laércio de Oliveira, à época com 65 anos, e José Leandro Soares Oliveira, que tinha 22 anos, conhecido como ‘Leandrinho dos Bodegas’, foram assassinados a tiros durante a madrugada do dia 03 de dezembro de 2016.

De acordo com o relato, a residência onde eles moravam, na rua José Amâncio Braga, na cidade de Bom Jesus, foi invadida por cerca de quatro homens armados ainda não identificados, que chegaram e mataram as vítimas a tiros.

DIÁRIO DO SERTÃO

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